- Saulo Penna Neto
Afinal, Quais São as Diferenças Entre Drone, Aeromodelo, VANT e RPA?
Nos anos 90 as aeronaves não tripuladas eram amplamente utilizadas pelas forças armadas dos Estados Unidos, hoje já são conhecidas ao redor do mundo também pela população civil, que a cada dia cria novas aplicações para esses equipamentos. No Brasil não é diferente, pois aqui a utilização dos drones cresce em ritmo acelerado, ganhando mercado e despertando a curiosidade das pessoas.
Figura 1: General Atomics MQ-1 Predator, VANT militar da USAF (Força Aérea dos Estados Unidos), colocado em operação no ano de 1995.
Com essa popularização repentina surgem dúvidas e mitos, uma das maiores discussões é quanto aos termos utilizados para se referir a cada tipo de equipamento. Neste artigo vamos ver em detalhes qual é a definição mais aceita de drone, aeromodelo, VANT e RPA.
Vale lembrar que ainda não existe um consenso sobre o uso correto de cada uma dessas definições, portanto o nosso objetivo é informar o leitor com base em diversas fontes, desde órgãos governamentais ou outras empresas que trabalham no ramo.
Pode-se dizer que a palavra "drone" é um termo genérico para toda e qualquer aeronave que não possui tripulação a bordo, independente da finalidade ou do tamanho do veículo, também o tipo de mecanismo gerador de sustentação é indiferente, ou seja, drones podem ser de asa rotativa (helicópteros), multirotores (quadricópteros, octacópteros, hexacópteros) ou asa fixa (avião).
A palavra "aeromodelo" é um dos termos mais antigos para um tipo específico de drone, pois trata especificamente de aeronaves não tripuladas para fins puramente recreativos, podendo ser pequenos modelos com envergadura inferior a um metro, podendo chegar a aeronaves com mais de 10 metros de envergadura.
O termo "VANT" (veículo aéreo não tripulado) se refere aos drones com fins não recreativos, podendo ser fins militares, acadêmicos ou comerciais. Internacionalmente esse tipo de equipamento é conhecido popularmente como "UAV" (unmanned aerial vehicle).
Figura 2: Exemplo de aeromodelo. Apesar do tamanho, seus fins são recreativos.
Figura 3: Exemplo de aeromodelo de pequeno porte.
Os VANTs se dividem em dois tipos básicos: autônomos ou remotamente pilotados, os autônomos são aeronaves que executam toda a missão sem qualquer tipo de intervenção humana, não necessitando de qualquer tipo de supervisão e dependendo totalmente do funcionamento dos sistemas embarcados.
As RPAs (aeronaves remotamente pilotadas) são equipamentos para fins não recreativos que possuem todo o aparato necessário para garantir operações comandadas por humanos, podendo ou não ter a opção de voo automático, porém mesmo com a opção de missão automática, sempre deve ser possível o operador assumir o controle da aeronave em caso de pane do piloto automático.
Figura 4: DJI Inspire 1, RPA usado para obtenção de fotos e vídeos de alta resolução.
No Brasil o uso comercial dos drones ainda não é regulamentado, apenas os voos de aeromodelos são permitidos pela nossa legislação com restrições de altura em relação ao solo e distância horizontal limitada pelo alcance visual do piloto, porém a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) está trabalhando nas normas que irão regular o uso de RPAs para fins comerciais no Brasil, lembrando que VANTs puramente autônomos continuarão proibidos. Em outro artigo detalharemos melhor sobre a legislação para o uso dos RPASs (sistemas de aeronaves remotamente pilotadas).
A Auster Tecnologia trabalha apenas com RPAs já pensando na compatibilidade com as legislações, permitindo ao operador pilotar manualmente o equipamento ou realizar missões totalmente automáticas, da decolagem até o pouso, mas não comprometendo a segurança da operação.
Para mais informações clique aqui e consulte diretamente o site da ANAC.